terça-feira, 26 de abril de 2011

Comunicação & Informação: Muito prazer – Meu nome não é Johnny

Comunicação & Informação: Muito prazer – Meu nome não é Johnny: "Estrella trabalha atualmente como Produtor Musical Algumas semanas atrás comprei o livro “Meu nome não é Johnny” do jornalista Guilherme ..."

Muito prazer – Meu nome não é Johnny

Estrella trabalha atualmente como Produtor Musical
Algumas semanas atrás comprei o livro “Meu nome não é Johnny” do jornalista Guilherme Fiuza. O livro me prendeu tanto, que não consegui largá-lo. A história do “Barão do Pó” – João Guilherme Estrella foi muito bem explorada pelo Fiuza.

Você chega ao final do livro com a seguinte pergunta: O que faz um jovem de classe média alta e de boa família, tornar-se um traficante internacional? Fiquei o fim de semana todo pensando nessa pergunta e tirei uma conclusão: acredito que João Guilherme Estrella foi atrás de diversão e liberdade.

Vindo de uma família onde tudo é permitido, menos a derrota, Estrella encontrou no tráfico a liberdade de dizer o que pensa, sentir o que quiser, viver intensamente e fazer o que bem entender, na hora que achasse conveniente fazer. Sentir nem que seja uma única vez: “o dono do mundo”.

Mas, como toda a liberdade tem um preço, Guilherme pagou caro por ela e amargou dois anos e alguns meses atrás das grades. Ora na Carceragem da Polícia Federal, ora em um Manicômio Judiciário.


João Guilherme antes da prisão e dois anos depois sem drogas na prisão

Na prisão aprendeu a conviver com presidiários que também eram traficantes, mas oriundos da classe média baixa que encontrou no tráfico uma maneira de fugir da pobreza e garantir um lugar ao sol, que nem de longe é o caso de João Guilherme Estrella.

Após ler a sua história, corri para o google e pesquisei uma pouco mais sobre o Estrella e encontrei uma entrevista concedida por ele à revista Veja em janeiro de 2008. Na entrevista o ex-traficante internacional e agora produtor musical relata que é um novo homem e que estava pronto para seguir adiante, sem olhar para trás.

Paralela a história de Estrella, o livro denuncia o dia a dia de um presídio, onde pessoas que são condenadas pelos mais diversos crimes vivem situações em que se ficar o bicho pega e se correr o bicho come, onde a principal lei é a da sobrevivência.

Guilherme sobreviveu e garante que desde a sua saída da prisão nunca mais cheirou cocaína e está totalmente limpo.

Prova disso, é que a sua história tornou-se um livro e mais tarde um filme, com Seltom Melo no papel principal. Estrella pôde lucrar um pouco pela porta da frente, de cabeça erguida. Talvez o livro e o filme tenham dado mais lucro do que na época do “Barão do Pó”, época em que torrou todo o seu dinheiro, que não era pouco. Chegou a ganhar em uma única partida de cocaína para a Europa, cerca de 150 mil dólares. Hoje encontra sem nem um tostão. Anda de metro, de ônibus, a pé e de carona com amigos. Li em algum lugar que possuía um Passat que estava com o IPVA atrasado.


O ator Selton Melo viveu João Estrella nos cinemas

A liberdade na qual Estrella tanto buscou custou cara e como custou... Na maioria das vezes, na vida é melhor ser um plebeu do que um barão. Na dúvida, leia “Meu nome não é Johnny” e depois me conte se concorda ou não.
                                                                                                         

terça-feira, 19 de abril de 2011

Fidel Castro renuncia à direção do Partido Comunista de Cuba

Fidel Castro renuncia à direção do Partido Comunista de Cuba


O ex-presidente e líder histórico da revolução comunista de Cuba, Fidel Castro, confirmou sua renúncia à direção do Partido Comunista - seu último alto cargo político no país - e afirmou que não concorrerá a qualquer posição na agremiação política.

O anúncio de Fidel coincidiu com o 6º Congresso do PC cubano, que está sendo realizado nesta semana.
Fidel, de 84 anos, exercia o cargo de primeiro-secretário do partido desde sua criação, em 1965. Espera-se que seu irmão, o presidente Raúl Castro, o suceda na chefia do partido. A grande expectativa agora é saber quem ocupará o cargo de segundo-secretário do PC cubano, que será visto como possível futuro presidente cubano.

Em sua coluna Reflexiones, publicada nesta terça-feira no site oficial Cubadebate, Fidel afirma que seu irmão, o presidente Raúl Castro, sabia que ele não aceitaria mais qualquer cargo no partido:
"Funções que, como se sabe, eu deleguei quando fiquei gravemente doente. Nunca tentei e nem podia exercê-las fisicamente, mesmo quando havia recuperado consideravelmente a capacidade de analisar e escrever'', afirmou.

Fidel afirma no texto que há ''companheiros que, por seus anos ou por sua saúde, não poderiam prestar muitos serviços ao partido, mas Raúl pensava que seria muito duro exclui-los da lista de candidatos. Não hesitei em sugerir que não se exclua esses companheiros de tal honraria, e acrescentei que o mais importante era que eu não aparecesse nessa lista''.

Fidel ainda saudou a ideia de seu irmão de ampliar a presença de mulheres e negros na cúpula do partido.

Mudanças

A decisão de Fidel foi informada horas depois de o Partido Comunista ter anunciado um plano de reformas econômicas com as quais Raúl Castro pretende ''atualizar'' o modelo socialista do país.

As mais de 300 iniciativas apresentadas no congresso incluem reforma agrária, desburocratização da administração pública - com a redução do setor e a amplição de direitos cedidos à inciativa privada, como, por exemplo, o direito ao autoemprego.

Algumas destas medidas, na prática, já estão em vigor há alguns meses.
Uma das medidas mais importantes anunciadas no congresso é a de que, pela primeira vez desde a revolução de 1959, cubanos poderão comprar e vender seus imóveis.
Nos últimos 50 anos, só era permitido passar propriedades para os filhos ou trocá-las através de um sistema complicado e muitas vezes corrupto.

Raúl Castro alertou que a concentração de terras não será permitida, mas nenhum detalhe do novo sistema foi divulgado.

'Rejuvenescimento'

Durante o congresso, Raúl Castro também disse que altos cargos políticos serão limitados a dois mandatos de cinco anos e prometeu o "sistemático rejuvenescimento" do governo. Ele disse que a liderança do partido precisa de renovação e que deveria se submeter a uma severa auto-crítica.

A proposta é sem precedentes para o comunismo cubano. A mídia estatal também informou que os integrantes do partido votaram por uma nova liderança, mas os resultados não foram imediatamente divulgados.

Fonte: BBC Brasil

terça-feira, 12 de abril de 2011

Simplesmente... Malim

Existem pessoas que amam a vida incondicionalmente, amam tanto a vida que conseguem detalhar cada momento como se fosse mágico. Essas pessoas são raras... Raras como o senhor Mario Zamariam, ou simplesmente, Malim.

Ele era uma pessoa tão especial em nossas vidas, assim como um amigo ou simplesmente um irmão que podíamos transmitir livremente o carinho e o amor que sentíamos e sentimos por ele.

Para mim ele foi mais que um amigo, foi um mestre. Através de sua sabedoria, me ensinou que a maior riqueza está na simplicidade e no amor em tudo que faz. Jamais me esquecerei a primeira vez que o conheci pessoalmente. Foi em uma tarde de domingo, estava cursando o primeiro ano de faculdade de jornalismo. Queria conhecer o ‘seu’ Malim, ouvir as suas histórias sobre a sua militância no jornalismo, como todo primeiro encontro fui tensa e um pouco preocupada, pois não sabia como era estar à frente do ‘seu’ Malim.

Que surpresa agradável! Encontrei-me com um senhor de sorriso nos lábios, fala mansa e de boa prosa. Foi um momento único em minha vida e que guardarei para sempre em minha memória. Assim como outros encontros que tive com o Malim, sentindo-me tão bem recebida em sua casa ou quando o encontrava nas ruas.

Deus me deu a oportunidade de conhecer esse homem maravilhoso, no qual me ensinou que a profissão de jornalista somente é escrita com ética e verdade. Muito obrigada, Malim.

Ele nos deixou e foi sepultado no dia do aniversário da cidade. Ele era tão amado por Mococa que a cidade o quis para si.

Há uma frase de Marina Silva, política brasileira e ex-candidata à presidência, que diz o seguinte: “Buscai o melhor de mim e terás o melhor de mim, darei o melhor de onde precisar o mundo”.

E com certeza, Malim deu o melhor de si para a cidade e a aqueles que aprenderam o amar.

Não digo adeus, apenas até logo, Malim...